31 de março de 2012

POP ART



A Pop Art é um movimento artístico que floresceu nos finais dos anos 50 e 60, sobretudo nos Estados Unidos e no Reino Unido. A “paternidade” do nome é atribuída ao crítico de arte Lawrece Alloway, que fazia assim alusão à utilização, pelos artistas deste movimento, de objetos banais do quotidiano nas suas obras. Nos Estados Unidos, Claes Oldenburg, Andy Warhol, Tom Wesselman e Roy Lichtenstein e do outro lado do Atlântico David Hockney e Peter Blake, foram as suas figuras de proa. O movimento começou como afronta ao expressionismo abstrato daquela década. Para criar suas obras no estilo Pop Art o artista busca inspiração na cultura da sociedade detalhando figuras e objetos expressando de uma maneira diferente a vida consumista da sociedade como retratar embalagens de alimento, bandeiras, pessoas, seres vivos e outros objetos deixando-os maior que o que a figura original. Os formatos são variados para que a peça fique com resquícios do natural, mas que seja vista de forma diversificada e inovadora para que novos olhares estejam projetados sobre esta. Os materiais utilizados são acrílico, poliéster, gomaespuma, gesso, matérias fluorescentes, tinta, entre outros. Andy Warhol é um dos artistas mais conhecidos do movimento e criou obras memoráveis como o retrato colorido de Marilyn Monroe, a lata de sopa Campbell e as garrafas de Coca-Cola; Peter Blake é conhecido por ser autor da capa do disco dos Beatles “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” e também desenvolveu trabalhos com pinturas e colagens; Wayne Thiebaud, sua obra reproduz tanto o relacionamento entre as pessoas quanto atitudes desinteressadas dando um ar mais despojado e nostálgico, mantendo em todas elas as cores azul, púrpura e verde.

SURREALISMO



O Surrealismo foi um Movimento fundado pelo poeta André Breton que a princípio tinha apenas expressão literária e caminhava ao lado do Dadaismo. Posteriormente, Breton foi reunindo, em torno de si, artistas plásticos, muitos saídos do movimento Dadá, que já anunciava sua morte nos anos 20. A ênfase no caráter poético, mesmo quando passou para a pintura e a escultura sempre foi uma de suas principais características. Aliás, segundo alguns críticos, os pontos mais fortes do Surrealismo é mesmo a poesia devido ao forte apelo das imagens na descrição de aspectos subconscientes. O Surrealismo foi profundamente ligado a uma filosofia de pensamento e ação, em que a liberdade era extremamente valorizada. Apesar de seu ativismo e até incongruência serem bem próximos ao dadaísmo, difere-se deste principalmente por ter uma vocação construtiva que faltava ao seu antecessor. Mesmo após ter sido extinto enquanto movimento, muitos artistas prosseguiram realizando suas obras a partir de suas premissas, como Miró, Dali e Hans Arp. É considerado o movimento mais forte e controverso do período entre guerras, tendo se espalhado pelo mundo inteiro e influenciado várias gerações. Além da França, foi especialmente forte nos EUA, inspirando, por exemplo, o Expressionismo Abstrato, principalmente pelo fato de que muitos artistas europeus acabaram se refugiar no país durante a Segunda Guerra. Desde o começo do movimento, Breton pretendia afinar a arte com a política contemporânea. Em 1925, no quinto número da Revista La Révolution Surréaliste, o artista já anuncia a adesão do Movimento ao Comunismo. O Surrealismo pretendia explorar a força criativa do subconsciente, valorizando um anti-racionalismo, a livre associação de pensamentos e os sonhos, norteado pelas teorias psicanalíticas de Freud. O automatismo, que buscava lograr o controle da mente racional através da expressão de um pensamento que não passasse por censuras, era uma das técnicas utilizadas pelos surrealistas. Seguindo a tradição dos demais movimentos do Século 20, o Surrealismo era composto por grandes individualidades, que lhe deram importantes e diferenciadas contribuições. Seus principais expoentes foram: Hans Arp, Joan Miró, Kurt Schwitters, Marcel Duchamp, Max Ernst, Salvador Dali, André Masson, René Magritte.

CONSTRUTIVISMO


O Construtivismo como um movimento artístico modernista ocorre no período entre 1913 e 1930, na Europa, principalmente na Rússia. Surge como uma decorrência do futurismo italiano e do cubismo francês. Adquire característas próprias perseguindo o ideal de abstração: despoja-se de qualquer alusão à natureza. Rompe radicalmente com a arte do passado (da representação do real) e propõe uma nova linguagem plástico-pictórica: "O mundo da não-representação" (Malevitch). Marca o início da preocupação da arte em criar objetos numa nova direção: a virtual, no sentido que a ênfase está mais no espaço vaziu que na massa, na ausência que na presença. O objeto artístico se liberta de sua base, do pedestal, do paralelismo à parede, trabalha mais com o espaço como elemento da linguagem plástica. Na pintura chega ao branco sobre o branco, ressaltando a presença matérica da tela, o objeto "tela" como mais importante que representações feitas sobre sua superfície. Nesta acepção está denotada a valorização do objeto industrial frente ao artesanal e a consequente dessacralização do objeto artístico. A escultura é a grande beneficiada pela contribuição construtivista que modifica a noção tradicional de "esculpir", em que está embutida a idéia de desgastar um material, o chamado método subtrativo (por exemplo: escultura em pedra e madeira) ou de adicionar massa (escultura feita em argila, terracota, gesso, assim como também as técnicas de vazar bronze e massas em formas). O construtivismo apresenta a idéia de "construir" usando materiais naturais e sintéticos oferecidos pela industrialização. As obras se apresentam como objetos compostos de elementos geométricos em materiais diversos como metal, vidro, papelão, madeira, acrílico, plástico, dentre outros usados sós ou em combinação. O aparecimento de novos materiais implica na geração de novas técnicas e sistemas de construção, que , por sua vez determinam o surgimento de novas estruturas e aparências. Um cubo pode ser feito de várias substâncias que definem visualidades diferentes da mesma forma cúbica. A gênese da escultura construtivista é determinada pelo seu material. O destaque dado ao material coloca questões também de ordem psicológica, pois passa a existir o diálogo do artista com o material e suas características confrontadas pelas vivências do artista, sua memória emocional e sensória. Em outras palavras, quando um pintor trabalha sobre uma tela de maneira tradicional, esta constitui-se um suporte neutro à interferência do artista, no construtivismo inicia-se a possibilidade de suportes artísticos expressivos, que já carregam consigo significados para o próprio artista e também para o espectador. Por exemplo, ao invés de iniciar um trabalho sobre uma tela, o pintor pode preferir pintar sobre um fragmento de objeto industrial. Os cubistas George Braque e Pablo Picasso foram os primeiros a optarem pela revelação da verdadeira tridimensionalidade em detrimento da sua representação. A primeira obra dentro destes parâmetros foi a construção cooperativa dos dois artistas intitulada "Guitarra"(1912), feita de folhas de metal e arame. Preferiram agregar ao plano da tela elementos reais do que continuar "imitando" a realidade, representando-os através da pintura, o que passou a ser considerado sem sentido uma vez que a tecnologia tinha inventado e aprimorado métodos de reprodução mais fiéis como a fotografia. A tecnologia liberta a arte de seu compromisso social de representar. Modifica-se totalmente o processo de criação. O artista está encantado com as facilidades advindas pelo avanço técnico e tecnológico. As obras de arte tornam-se verdadeiras homenagens à racionalidade científica da época e evidenciam a mais direta representação do impulso modernista no sentido de se adaptar à tecnologia da "era da máquina".

ARTE ABSTRATA


Arte Abstrata é uma forma de arte que não busca nem demonstra o mundo que está ao nosso redor. São obras que não representam objetos reconhecidos. A arte abstrata refere-se especialmente às formas de arte do século XX, quando a ideia da arte como imitação da natureza foi abandonada. A arte abstrata surgiu no começo do século XX, na Europa, no contexto do movimento de Arte Moderna. O precursor da arte abstrata foi o artista russo Kandinsky. Com suas pinceladas rápidas de cores fortes, transmitindo um sentimento violento, Kandinsky marcou seu estilo abstracionista. Outro artista que ganhou grande destaque no cenário da arte abstrata do começo do século XX foi o holandês Piet Mondrian. Quando a arte abstrata surgiu no começo do século XX, provocou muita polêmica e indignação. A elite européia ficou chocada com aqueles formatos considerados “estranhos” e de mau gosto. A arte abstrata quebrou com o tradicionalismo, que buscava sempre a representação realista da vida e das coisas, tentando imitar com perfeição a natureza. a arte abstrata o artista trabalha muito com conceitos, intuições e sentimentos, provocando nas pessoas, que visualizam a obra, uma série de interpretações. Portanto, na arte abstrata, uma mesma obra de arte pode ser vista, sentida e interpretada de várias formas.

CUBISMO


Movimento artístico personificado em Pablo Picasso e Georges Braque, em Paris entre os anos de 1907 e 1914, principalmente, que tinha por fim "descompor e recompor a realidade". O estilo cubista das artes plásticas rejeitou as técnicas tradicionais de perspectiva bem como a ideia de arte como imitação da natureza e privilegiou a bidimensionalidade e a fragmentaridade dos objectos. O nome cubismo tem uma história conhecida: o pintor francês Henri Matisse fez parte de um júri da exposição do Salão de Outono de Paris em1908, onde estava exposto o quadro de Braque Maisons à l'Estaque, que lhe mereceu o qualificativo de "caprichos cúbicos". O quadro que definitivamente afirmou o estilo cubista foi, no entanto, Les Demoiselles d'Avignon de 1907, de Pablo Picasso. O período de 1910 a 1912 é conhecido por cubismo analítico, porque os quadros entretanto revelados analisam abstractamente, desafiando todos os cânones, a forma dos objectos e das figuras humanas. O movimento fica consolidado com duas obras teóricas: Du cubisme de 1912, de Albert Gleizes e Jean Metzinger, e Les peintres cubistes de 1913, de Guillaume Apollinaire. A fase seguinte é conhecida por cubismo sintético, porque se busca uma síntese das formas, apoiadas por cores fortes, e figuras mais decorativas e amplas, aproveitando também colagens de vários materiais como jornais, fotografias, ou invólucros de tabaco. Estava aberto o caminho para a anulação do limite do real na pintura.

ART NOUVEAU


Estilo artístico que se desenvolve entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial que ocorreu entre 1914 e 1918 na Europa e nos Estados Unidos, espalhando-se para o resto do mundo, e que interessa mais de perto às Artes Aplicadas: arquitetura, artes decorativas, design, artes gráficas, mobiliário e outras. O termo tem origem na galeria parisiense L'Art Nouveau, aberta em 1895 pelo comerciante de arte e colecionador Siegfried Bing. O projeto de redecoração da casa de Bing por arquitetos e designers modernos é apresentado na Exposição Universal de Paris de 1900, Art Nouveau Bing, conferindo visibilidade e reconhecimento internacional ao movimento. A designação modern style, amplamente utilizada na França, reflete as raízes inglesas do novo estilo ornamental. O movimento social e estético inglês Arts and Crafts, liderado por William Morris, está nas origens do art nouveau ao atenuar as fronteiras entre belas-artes e artesanato pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais, e pela recuperação do ideal de produção coletiva, segundo o modelo das guildas medievais. O art nouveau dialoga mais decididamente com a produção industrial em série. Os novos materiais do mundo moderno são amplamente utilizados, o ferro, o vidro e o cimento, assim como são valorizadas a lógica e a racionalidade das ciências e da engenharia. Nesse sentido, o estilo acompanha de perto os rastros da industrialização e o fortalecimento da burguesia. O art nouveau se insere no coração da sociedade moderna, reagindo ao historicismo da Arte Acadêmica do século XIX e ao sentimentalismo e expressões líricas dos românticos, e visa adaptar-se à vida cotidiana, às mudanças sociais e ao ritmo acelerado da vida moderna. Mas sua adesão à lógica industrial e à sociedade de massas se dá pela subversão de certos princípios básicos à produção em série, que tende aos materiais industrializáveis e ao acabamento menos sofisticado. A "arte nova" revaloriza a beleza, colocando-a ao alcance de todos, pela articulação estreita entre arte e indústria.

NEO-IMPRESSIONISMO


O Neo-Impressionismo, foi criado por Seurat, que juntamente com outros artistas, procurou uma evolução do Impressionismo em direção ao rigor. Se o impressionismo não é homogêneo, as reações a ele tampouco são unívocas. Tentativas de alargar o programa impressionista são empreendidas pelo neo-impressionismo e, mais tarde, pelo pós-impressionismo de Paul Cézanne, Vincent van Gogh e Paul Gauguin. Ao mesmo tempo um desenvolvimento do impressionismo e uma crítica a ele, o neo-impressionistas explicita a tentativa de um grupo de artistas de fundar a pintura sobre leis científicas da visão. O termo é cunhado pelo crítico Félix Fénéon em 1886, ano da última exposição do grupo impressionista, diante de obras como Um Domingo de Verão na Grande Jatte, de Georges Seurat, reconhecido como líder da nova tendência artística. Se a famosa tela de Seurat compartilha o gosto impressionista pelas pinturas ao ar livre e pela representação da luz e da cor, o resultado obtido indica outra direção. Em lugar do naturalismo e da preocupação com os efeitos momentâneos de luz, caros aos impressionistas, o quadro de Seurat expõe figuras de corte geométrico que se apresentam como manequins sobre um plano rigorosamente construído com base em eixos horizontais e verticais. Os intervalos calculados entre uma figura e outra, as sombras formando ângulos retos e as superfície pontilhadas atestam a fidelidade a um programa teórico apoiado nos avanços científicos da época.

IMPRESSIONISMO


Movimento artístico que se inicia por volta de 1860, na França e é tido como o mais importante da arte pictórica do século 19. Suas principais figuras foram Cezane, Degas, Monet, Pissarro, Renoir e Sisley, cujos comprometimentos para com o movimento variaram. Os impressionistas se rebelaram contra o ensino acadêmico e as convenções e também contra o principio básico do romantismo, pelo qual deveria transmitir intensa emoção pessoal. Estavam interessados no registro de uma vida contemporânea, tentando captar a impressão do que os olhos vêem num momento especial. A paisagem é considerada o tema mais típico dos impressionistas, mas também, eles se dedicaram a outros assuntos. O desejo dos impressionistas de ver o mundo com frescor e imediatismo foi encorajado pela fotografia e pelas pesquisas cientificas sobre luz e a cor. O nome “Impressionismo” foi usado zombeteiramente quando depois da primeira exposição coletiva do grupo, realizada em 1874, apareceu um quadro de Monet com o titulo “Alvorecer”, que tempos depois fora roubado do Museu Marmotttan, de Paris em 1985.

24 de março de 2012

M.C. ESCHER, SUA ARTE GRAFICA E MÁGICA


















Nascido em Leeuwarden na Holanda em 1898, Mauritus Cornelis Escher dedicou toda a sua vida às artes gráficas. Na sua juventude não foi um aluno brilhante, nem sequer manifestava grande interesse pelos estudos, mas os seus pais conseguiram convencê-lo a ingressar na Escola de Belas Artes de Haarlem para estudar arquitetura. Foi lá que conheceu o seu mestre, um professor de Artes Gráficas judeu de origem portuguesa, chamado Jesserum de Mesquita. Com o professor Mesquita, Escher aprendeu muito, conheceu as técnicas de desenho e deixou-se fascinar pela arte da gravura. Este fascínio foi tão forte que levou Mauritus a abandonar a Arquitetura e a seguir as artes gráficas. Quando terminou os seus estudos, Escher decide viajar pelo mundo. Viajou para Espanha, Itália e fixou-se em Roma, onde se dedicou ao trabalho gráfico. Mais tarde, por razões políticas muda-se para a Suíça, posteriormente para a Bélgica e em 1941 regressa ao seu país natal. Estas passagens por diferentes sociedades e culturas, inspiraram a mente de Escher. Este contato com a arte árabe está na base do interesse e da paixão de Escher pela divisão regular do plano em figuras geométricas que se transfiguram, se repetem e refletem, pelas pavimentações. Porém, no preenchimento de superfícies, Escher substituía as figuras abstrato-geométricas, usadas pelos árabes, por figuras concretas, perceptíveis e existentes na natureza, como pássaros, peixes, pessoas, répteis, etc. Escher, sem conhecimento matemático prévio mas através do estudo sistemático e da experimentação, descobre todos os diferentes grupos de combinações isométricas que deixam um determinado ornamento invariante. A reflexão é brilhantemente utilizada na xilografia. Foi numa visita à Alhambra, na Espanha, que o artista conheceu e se encantou pelos mosaicos que havia neste palácio de construção árabe. Escher achou muito interessante as formas como cada figura se entrelaçava a outra e se repetia, formando belos padrões geométricos. Este foi o ponto de partida para os seus trabalhos mais famosos, que consistiam no preenchimento regular do plano, normalmente utilizando imagens geométricas e não figurativas, como os árabes faziam por causa da sua religião muçulmana, que proíbe tais representações. A partir de uma malha de polígonos, regulares ou não, Escher fazia mudanças, mas sem alterar a área do polígono original. Assim surgiam figuras de homens, peixes, aves, lagartos, todos envolvidos de tal forma que nenhum poderia mais se mexer. Tudo representado num plano bidimensional. Destacam-se também os trabalhos do artista que exploram o espaço. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas, paradoxos. Mais tarde ele foi considerado como um grande matemático geométrico. Escher com seus desenha perspectivas e espaços impossíveis. Sua arte surpreende e conquista a admiração de milhões de pessoas em todo o mundo. Em seu trabalho, podemos ver uma minuciosa observação do mundo que nos rodeia e as expressões de suas próprias fantasias. M.C. Escher mostra-nos que a realidade é muito mais do apenas compreensível e fascinante.

10 de março de 2012

NGORONGORO, O PARAÍSO AQUI NA TERRA


A cratera fica a 2.236 metros acima do nível do mar e é a maior caldeira intacta, ou vulcão desmoronado, do mundo. Mede mais de 19 quilômetros de diâmetro e tem uma superfície de 304 quilômetros quadrados, sendo que dentro da cratera é surpreendentemente quente...Ao passo que o motorista percorre lentamente o fundo da cratera, passa-se por um pequeno lago salgado com muitos flamingos rosados. As crateras de Ngorongoro e suas vizinhas são adições recentes a paisagem. Depois de uma intensa atividade vulcânica por milhões de anos, o Kilimanjaro com seu canal central cheio de rocha sólida, e o material líquido no seu interior forçando para sair, a lava começou a vazar. Na cratera de Ngorongoro pode-se ver búfalos, elefantes, zebras, gnus, gazelas, rinoceronte-negros e cercopiteco-de-face-negra. Predadores como guepardos, hienas, chacais e leões de juba negra e hipopótamos. Localizada no norte da Tanzânia, entre o Monte Kilimanjaro, pico mais alto da África, com 5 895 metros e o Lago Vitória, o maior lago da África e um dos maiores do mundo, a cratera faz parte da área de conservação ambiental de Ngorongoro, que soma 8 300 quilômetros quadrados, dentro dela existe um mosaico dos ecossistemas do leste africano, com savanas, riachos, lagos, florestas e pântanos, onde habitam milhares de animais selvagens. Há proximadamente 3 mil búfalos, 8 mil gnus, 7 mil zebras, leões, hienas, elefantes e mais uma infinidade de aves. origem do nome, Ngorongoro, é desconhecida ao certo. Segundo a Sociedade de Conservação da África Oriental, alguns dizem que Ngorongoro era o nome de um masai que fazia sinos para gado e vivia na cratera. Outros afirmam que o nome vem de um valente grupo de guerreiros datogos que foram derrotados pelos massais numa batalha ocorrida na cratera há 150 anos. Não seria exagero dizer que o Ngorongoro é uma parte do paraíso...

3 de março de 2012

"A DESOBEDIÊNCIA CIVIL"

Rebelde e autentico, Henry David Thoreau decidira não pagar impostos porque acreditava ser errado dar dinheiro aos Estados Unidos, um país escravocrata na época e em guerra contra o México. Não querendo financiar nem a escravidão nem a guerra, Thoreau foi preso em um de seus periódicos passeios pela cidade, quando saía da floresta para rever os amigos. A tia de Thoreau pagou a fiança e ele foi solto na manhã do dia seguinte. Inspirado pela noite na prisão, Thoreau escreveu o famoso "A desobediência civil". Leon Tolstói, um dos mais famosos escritores do mundo venerava este ensaio e o recomendou, por carta, a um jovem indiano preso na África do Sul. Este jovem indiano era Mahatma Gandhi. Thoreau, que havia saído das florestas a pedido do proprietário do lugar, passou o resto de sua vida empreendendo grandes passeios às florestas e aos campos e também escrevendo muito. Ele acabaria morrendo em 1862 de tuberculose. A casa que construiu no lago Walden, hoje é um museu que possui uma estátua sua na entrada. A floresta em volta do lago virou área de preservação ambiental. É considerado um dos grandes escritores norte-americanos.Foi também um longevo abolicionista, realizando leituras públicas nas quais atacava as leis contra as fugas de escravos evocando os escritos de Wendell Phillips e defendendo o abolitionista John Brown. A filosofia de Thoreau da desobediência civil influenciou o pensamento político e ações de personalidades notáveis que vieram depois dele, filósofos e ativistas como Liev Tolstói, Mahatma Gandhi e Martin Luther King. Henry Thoreau dizia: "A bondade é o único investimento que nunca vai à falência".

UM LIVRO QUE EDIFICA

Desde "As cartas do inferno", de C. S. Lewis, não surgiu um romance com tanta perspicácia acerca da guerra espiritual e da necessidade de oração. Ashton é uma pequena e típica cidade americana. No entanto quando um repórter cético e um pastor dedicado à oração começaram a comparar fatos, eles se viram lutando contra um terrível complô do "movimento Nova Era" para subjugar a população local e eventualmente, toda a raça humana. Em Efésios 6:12 está escrito: "Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra osdominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes". "Este mundo tenebroso" um livro fascinante a respeito da realidade da guerra espiritual, já escrito. Frank Peretti lança um olhar agudo e mordaz sobre a guerra espiritual e a necessidade de oração. Com seu estilo peculiar e cativante, o escritor prende a atenção dos leitores ao descortinar uma assombrosa realidade espiritual que muitos têm esquecido. Um clássico no gênero de ficção que ao mesmo tempo envolve e edifica. Uma obra de tirar o fôlego. Um dos melhores sobre o assunto ou o melhor livro que eu li.