As designações políticas, direita, centro e esquerda surgem na Assembléia Constituinte de 21 de setembro 1792 na França, a convenção eleita pelo sufrágio universal tinha por objetivo redigir uma nova constituição da República Francesa, pondo fim a toda idéia de monarquia em proveito de um sistema político muito semelhante ao que cabava de ser instituído nos Estados Unidos.
Não havia consenso na assembléia, onde se distinguiam três grandes tendências: os girondinos, os montanheses e a planície. Os girondino tomavam assento à direita, eles desejavam consolidar as conquistas burguesas, estancar a revolução e evitar a radicalização. Ao centro, a planície ou pantâno, burgueses sem definição política definitiva, eram uns "maria vai com as outras". Os montanheses que sentavam-se a esquerda da assembléia, eram apegados a discussões acaloradas, fieis a suas idéias beiravam quase ao radicalismo, não eram tão numerosos, ganharam este apelido pelo fato de que nas reuniões precedentes tomavam assento sobre os bancos mais elevados e a esquerda sempre, seus líderes mais destacados foram Robespierre, Danton, Marat, Saint Just e Desmoulins. Defendiam o aprofundamento da Revolução Francesa e diziam que a França não estava segura enquanto o rei destituido Luís de Capeto não fosse julgado. Do lado do rei destituido estavam os girondinos que queriam conserva-lo por mais tempo e eram contrários aos excessos populares e a "ditadura" exercida pela comuna de Paris, primeiro governo operário da história, fundado em 1871 na capital francesa que contava com apoio dos montanheses, aqueles que se sentavam à esquerda sempre nas convenções.
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