Camerlengo é um título de origem medieval ainda em uso em alguns ordenamentos políticos modernos. Deriva do latim medieval "camarlingus", que, por sua vez, vem do frâncico kamerling, que veio do latim camerarius, que significa "adido à câmara", ficando geralmente subentendido "do tesouro" e "do soberano". O título camerlengo, na Igreja Católica, refere-se a um Cardeal do Colégio dos Cardeais. O Camerlengo da Igreja Católica é o administrador da propriedade e receita da Santa Sé; suas responsabilidades incluem a administração fiscal do Patrimônio de São Pedro. Seu brasão é ornamentado com duas chaves, sendo uma prateada outra dourada, a dourada demonstra a parte divina da igreja a prateada a parte humana; sobrepostas por um ombrellino, um guarda-chuva de listras alternantes vermelhas e brancas, que também é o brasão da Sede Vacante, tempo entre a morte de um papa e a eleição de outro. Até que o sucessor do Papa seja escolhido, o Cardeal Camerlengo serve como o Chefe de Estado atuante do Vaticano. Ele não é entretanto, responsável pelo governo da Igreja Católica durante a morte do papa. A Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis colocou essa tarefa na mão do Colégio dos Cardeais, apesar desse poder governamental ser extramente restrito, possibilitando apenas que a Igreja continue operando e realizando funções básicas, sem poder tomar decisões ou compromissos que são normalmente delegados apenas ao Papa. O Camerlengo, ainda assim, mantém seu escritório durante a sede vacante, ao contrário do resto da Cúria Romana. Este interessante personagem da Igreja Católica aparece mais intensamente no livro "Anjos e demônios" de Dan Brown e no filme com o mesmo nome, lançado em 2009, direção de Ron Howard.
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