15 de março de 2010

A CASA DO SILÊNCIO UIVANTE

A lua desponta no céu negro com o fim de tudo.
Os morcegos sobrevoam o passado dos dias de inverno
Na trilha desconhecida dos medos...
Teus olhos não verão o pôr-do-sol
Porquê cegos eles ficaram.
O frio cinzento do norte abraça sua alma perdida,
Na inútil tentativa de reanima-la...
Para a caminhada na longa estrada.
Teu conhecimento não terá valor nas mentes
Enroladas no pano azul, vermelho e branco,
Com suas estrelas firmes no espaço profundo e oco de suas mentes.
As palavras são as mesmas, só mudam as suas posições,
Em frases escritas e frases faladas.
Cada um as usa a sua maneira
E como lhes convêm.
Não haverá uma paixão passageira que sufoca.
Só um amor distante...
Só uma solidão precoce e ambígua.
Tens alguns segundos antes da viagem,
Sente-se na sua poltrona e uma janela a sua frente
Mostra o sol vermelho do entardecer
Ouça o silêncio uivante
Do teu espírito contestador.

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