24 de janeiro de 2011

BRASÍLIA ESCRITA...


Um rosto de uma jovem senhora
Diante do espelho, serena.
Antigo sorriso, sincera e amiga.
Tudo flui e nada fica como está,
Há caminhos e destinos diversos,
Mas o verdadeiro caminho é um só
Nesse meio século de existência...
Com atos inversos e reversos.
Das botas da opressão que marcharam
Sobre teu solo.
Dos conchavos políticos e falcatruas
Que mancharam tua face...
Os dias estão te deixando mais formosa,
Neles há as folhas secas do outono
Das árvores do cerrado.
Os Ipês amarelos, roxos e brancos
Que contrastam com seu céu azul de inverno...
Tudo pode ser diferente,
Nem tudo é errado...
Estadistas e velhas raposas
Povoaram seu quintal
Numa busca constante pelo poder,
Veredas estreitas cheias de pedregulhos
Do sagrado instante.
Mas a velha mania de acreditar na vida
E dela montar o quebra-cabeça
Velhos companheiros vieram de todos os cantos do Brasil
Em busca da felicidade duradoura no Planalto Central.
E a construção de um sonho...
Um eldorado no meio do nada
A visão das linhas retas dos monumentos.
Os números criam vida, formam pensamentos,
Canetas e lápis deslizaram pela folha branca
Então surgiu a mais fantástica cidade.
E lembramos de todas as frases ditas,
Boas ou ruins sobre Brasília.
Depuramos e reescrevemos ou criamos outros textos
Como se nossa mente fosse uma caixa de ressonância,
Sem rodeios ou enrolação,
Dizendo aquilo que não se sabe
Ou sabendo aquilo que não pode escrever.
Má vontade d
e que quem não a conhecem e nunca pisou por aqui,
Nessa terra quente com umidade restrita metade do ano
E a outra com chuva em abundância,
Conquistamos nossos sonhos e amores
E a capital federal continua esplendorosa, única
Eclética, distante, diferente de tudo.
Aconchegadora, capital de todos nós sim..
Contestada joia rara...

Nenhum comentário:

Postar um comentário