6 de outubro de 2013

ALMIRANTE DE ESQUADRA CHESTER NIMITZ

Originalmente Nimitz tinha esperanças em estudar na Academia Militar dos Estados Unidos em West Point e tornar-se oficial do exército, mas não existiam vagas disponíveis. O seu congressista, James L. Slayden, disse-lhe que tinha uma nomeação disponível para a marinha, e que esta seria atribuída ao candidato melhor qualificado. Nimitz sentiu que esta era a sua única oportunidade para continuar a estudar e gastou tempo extra a estudar para ganhar a nomeação. Foi nomeado para a Academia Naval dos Estados Unidos do 12.º Distrito Congressional de Texas em 1901, e graduou-se com distinção em 1905, em 7º numa turma de 144. O então Contra-Almirante Nimitz foi seriamente considerado em 1940 para o comando da Esquadra do Pacífico. Sendo assim, quando o governo Roosevelt decidiu fazer do Almirante Husband Kimmel o bode expiatório do ataque surpresa, a escolha para substituí-lo naturalmente recaiu sobre Nimitz. Ele chegou a Pearl Harbor no dia de Natal de 1941, e enquanto inspecionava o porto, ele pôde ver pequenos barcos coletando corpos que subiam à superfície desprendendo-se dos navios destroçados no fundo. Por ato do Congresso, Nimitz saltou a patente de Vice-Almirante e foi promovido diretamente para Almirante 4 estrelas. O Comandante-em-Chefe da Esquadra do Pacífico era responsável por uma imensa área. Em violação ao princípio de unidade de comando, o Pacífico foi dividido em dois teatros. Douglas MacArthur foi designado comandante do Sul do Pacífico, que abrangia a Austrália, Filipinas, Ilhas Salomão, Nova Guiné, Arquipélago de Bismark, Bornéo, e todas as Índias Orientais Holandesas, exceto Sumatra. Nimitz comandava tudo mais no Pacífico, exceto as águas costeiras das Américas Central e do Sul. Essa vasta área recebeu a designação de Área Oceânica do Pacífico. Além disso, Nimitz retinha o comando da Esquadra. O Almirante Nimitz enfrentou o desafio de reconstruir sua desmoralizada esquadra e proteger os interesses americanos no Pacífico com grande habilidade. O braço aéreo da esquadra, assim como a força submarina, permaneceram intactos após Pearl Harbor. Para restaurar o moral e manter os japoneses sob ataque, Nimitz ordenou guerra submarina irrestrita contra o Japão. Ele também reorganizou a frota de superfície em forças-tarefa centradas em porta-aviões rápidos. Com o apoio do Almirante King, ele começou o planejamento de ações ofensivas envolvendo ataques de navios-aeródromos. Nessa altura, a maioria dos comandantes navais acreditava que era muito arriscado para porta-aviões atacar bases terrestres pesadamente defendidas. O alto-comandante dos porta-aviões, William Halsey, apoiou Nimitz e ofereceu-se para liderar os primeiros ataques. Os ataques subseqüentes pouco conseguiram em termos estratégicos, mas foram importantes em elevar o moral, obter experiência e desenvolver táticas. Baseando-se em relatórios da inteligência, Nimitz empregou seus escassos porta-aviões para interceptar os japoneses na Batalha do Mar de Coral em maio de 1942. Antes da batalha, ele secretamente observou que “devido à superioridade de nosso pessoal e equipamento” os Estados Unidos poderiam arriscar-se a lutar contra os japoneses ainda que enfrentando condições desfavoráveis. Essa visão se provou por demais sangrenta. Ainda assim, o empate obtido na batalha foi uma brilhante vitória da propaganda e marcou o primeiro bloqueio no expansionismo japonês.Após a acalorada reunião de 14 de dezembro de 1943, Nimitz confrontou seus subordinados. Todos disseram que Kwajalein seria um desastre. Dirigindo seus comentários a Turner, ele respondeu: “Será desse jeito. Se vocês não querem fazê-lo, o Departamento achará alguém que queira.” A discussão acabou ali. A bem-sucedida captura das Ilhas Gilbert e Marschall demonstrou como operações com porta-aviões rápidos podem apoiar operações de desembarque em movimentos de larga escala. Nimitz então voltou sua atenção ao ataque às Marianas para conseguir uma base de bombardeiros, que atacariam o Japão. Palau e as Filipinas se seguiram. Nimitz era favorável ao abandono das Filipinas em favor da invasão de Taiwan, mas a influência política de MacArthur, que prometera “voltar” quando fugiu em 1942, persuadiu Roosevelt a contrariar seu plano e ordenar a invasão das Filipinas. Em 19 de dezembro de 1944, Nimitz foi promovido a Almirante de Esquadra, patente equivalente à de MacArthur. Os dois líderes haviam cooperado no passado e continuaram a cooperar até o fim da guerra. Após sofrer um ataque cardíaco seguido de pneumonia em fins de 1965, Chester Nimitz faleceu em San Francisco, no dia 20 de fevereiro de 1966, aos 80 anos. Ele é hoje homenageado pela a classe de super porta-aviões nucleares norte-americanos, que leva seu nome.

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