Aos quatorze anos, Rommel e um amigo construíram um planador
em tamanho natural que voava, embora não muito longe. O jovem Rommel queria ser
mecânico e desejava se tornar um engenheiro aeronáutico, mas ingressou no
Exército devido às insistências de seu pai que o recomendou para o Exército
Württemberg, descrevendo ele como "próspero, de confiança e um bom ginasta".
De início foi rejeitado pela artilharia e engenharia do Exército, sendo mais
tarde, em Março de 1910, chamado para fazer o exame médico para admissão, sendo
neste exame detectado uma hérnia, mas foi aceito mesmo assim como cadete. Seu
pai assinou a documentação necessária e pagou o uniforme de Fahnenjunker,
entrando no seu regimento no dia 19 de Julho de 1910, aos 18 anos de idade, no
124.º Regimento de Infantaria de Württemberg de onde foi enviado para a Escola
Real de Oficiais Cadetes de Danzig, terminando o seu treinamento no mês de
Novembro de 1911. Nesta época, Rommel conheceu Lucie Mollin, dançarina, que
estava em Danzig para estudar línguas, tendo os dois logo se apaixonado. Erwin
Rommel nasceu em Heidenheim, aproximadamente 40 km de Ulm, no Estado de
Württemberg, sendo batizado em 17 de Novembro de 1891. Foi o segundo filho do
professor protestante Erwin Rommel, reitor de escola secundária em Aalen, e
Helene von Luz, filha de um proeminente dignitário local. O casal teve ainda
outros três filhos, dois meninos, Karl e Gerhard, e uma menina, Helene. O seu
irmão mais velho, Karl Rommel, entrou como voluntário no Exército se tornando
piloto de reconhecimento, sendo admitido somente nos últimos exames. Já Gerhard
Rommel, o seu irmão mais novo, se tornou cantor de ópera. De início foi
rejeitado pela artilharia e engenharia do Exército, sendo mais tarde, em Março
de 1910, chamado para fazer o exame médico para admissão, sendo neste exame
detectado uma hérnia, mas foi aceito mesmo assim como cadete. Foi na Segunda
Guerra Mundial, porém, que a fama de Rommel fez o mundo estremecer. Sob o
comando da 7ª Divisão Panzer, em 1940, ele foi um dos primeiros a ultrapassar a
Linha Maginot, na França, antes em mãos de tropas britânicas e francesas. A
inovadora e fulminante "Blitzkrieg",guerra-relâmpago surgia para o mundo de
forma implacável. Foi durante a invasão da França que Rommel conseguiu atingir
a inigualável marca de deslocamento de 240 km em um único dia, feito que
rendeu a seus homens a fama de "divisão fantasma". Em fevereiro de
1941, sob ordem do chefe do Estado-Maior do Reich, Walter von Brauchitsch,
nascia um grupo especial que se tornaria lendário, batizado de "Afrika Korps".
Sua missão era auxiliar as frágeis frentes italianas no norte da África, que
padeciam com armamento escasso. Mas a tarefa não seria simples. Com curto raio
de ação, os canhões da divisão datavam de 1914 e estavam completamente
obsoletos. A situação de outras armas não era muito diferente. Metralhadoras e
veículos de defesa pouco podiam fazer diante do poder de fogo dos aliados. Para
piorar, grande parte do exército italiano era constituída por infantaria
não-motorizada, adequada para posições defensivas, mas de valor nulo nos
embates no deserto. Implicado no atentado por suas ligações com os oficiais
conspiradores membros da resistência alemã, Rommel, ainda em recuperação
médica, recebe em sua casa a visita de dois oficiais generais em 14 de Outubro
de 1944. Devido ao seu prestígio nacional, estes oficiais, leais a Hitler,
trazem os termos do Führer a Rommel: ir a Berlim, passar por um julgamento
popular e inevitavelmente ser condenado à morte, condenando também sua família
a ser confinada em um campo de concentração ou, sozinho, acompanhar os dois
oficiais e ingerir veneno para suicidar-se, opção esta que garantiria a
integridade de seus familiares. Rommel sem dúvida escolhe a segunda
alternativa, despede-se da família e acompanha os dois oficiais embarcando em
seu automóvel. Às treze e vinte e cinco os generais Burgdorf e Maisel, fizeram a entrega do
cadáver de Rommel ao Hospital de Ulm. O médico-chefe, que se dispunha a
proceder a autópsia, foi prontamente interrompido por Burgdorf que lhe disse:
"Não toque no corpo. Em Berlim já se tomaram todas as providências."
Talvez, jamais se venha a saber o que exatamente se passou no caminho de Ulm.
Burgdorf pereceu com Hitler, no subterrâneo da chacelaria do Reich. Maisel que
ao final da guerra foi condenado juntamente como motorista da SS, afirmam terem
recebido ordens de abandonar o carro por alguns momentos, quando retornaram
encontraram Rommel agonizando. Seu funeral foi celebrado em 18 de Outubro de
1944 com as mais altas honrarias militares do III Reich e, oficialmente sua
"causa mortis" foi anunciada como efeito dos ferimentos que recebera
meses antes. Seus restos mortais, depois de cremados foram sepultados em
Herrlingen, Alemanha, no cemitério próximo de sua casa. Sua família não foi
perseguida após sua morte. Um dos seus filhos chegou ao cargo de presidente da
câmara, "Bürgermeister" da cidade de Stuttgart. Muitas lendas foram criadas a
partir do mito Rommel, porém nunca questionado do ponto de vista militar e da
conduta no campo de batalha. Histórias como "fazer um Rommel", que
para os soldados do 8º Exército Britânico, significava fazer algo de forma
impecável. Sua astúcia e faculdade de improvisação granjearam-lhe o apelido de
Raposa do Deserto. Certa vez encontrando-se sob violenta pressão Britânica, o general
conseguiu inverter a situação dando-lhes impressão de comandar grandes estacamentos. Sabia que a RAF fotografava diariamente as linhas alemãs, então,
ordenou que todos os veículos fossem movimentados a noite, crivando o solo do
deserto com milhares de sulcos, e projetando a movimentação de um grande
destacamento de blindados. Diante disto os ingleses bateram em retirada.
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