30 de abril de 2009

NOS CAMPOS DO SENHOR... (poema)


Nos campos do Senhor,
Caem reis, rainhas e torres…
Como caem os muros ideológicos.
Tenho a boca ressecada,
Há a traição que sufoca
E a sordidez da mentira que amarga.
Vi generais e tiranos lutando no vale da morte…
Políticos e massa de manobra
Interagindo numa dança grotesca.
A cada dia surge uma faxina étnica,
Sempre haverá um povo oprimindo outro povo,
Enganando uns aos outros com tratados
Que não são respeitados.
Não estamos mais em tempos de paz…
Paz?
Guerras são arquitetadas por governantes e beligerantes,
Representantes de nações que se dizem unidas.

Nos campos do Senhor,
Imoralidade, aborto, egoísmo, corrupção,
Sectarismo religioso, liberação sexual, opressão.
Narcotráfico, clonagem humana, racismo,
Imbecilidades na Internet, poluição, terrorismo.
Ditaduras, guerrilhas, represão,
Torturas, colonização, omissão.
Há a intolerância que segrega,
Os excluídos do planeta marcham de um lugar para o outro,
Sem pátria, sem rostos…
As multinacionais preparam o holocausto.
Uma missão até Marte, talvez seja apenas uma ficção,
Só numa outra dimensão.

Nos campos do Senhor,
Há uma batalha invisível,
Cruel, parcial e sinistra,
Mas o bem prevalecerá sobre o mal,
Não o bem azul, vermelho e branco
Que não reconhece as diferenças
Culturais, raciais e políticas.
A criança brincará, correndo atrás da bola…
Vamos dar as mãos, num gesto de reconciliação.
Judeus e árabes, brancos e negros, católicos e protestantes,
Empregados e patrões, socialistas e capitalistas.
O perdão é necessário,
Feridas não cicatrizarão tão fáceis…

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