2 de maio de 2009

O PALHAÇO (um poema descompromissado)


O equilibrista solto no vácuo, andando num cabo de aço.
Embaixo vidros estilhaçados
E no lixo de fora, bonecos esfarrapados.
Num mundo de coisas sem graça,
O silêncio da pláteia...
O desaparecimento da bailarina obessa pelo esquálido mágico...
E num canto do picadeiro no chão empoeirado, um cigarro fora do maço.
A domadora de leões que agora engole espadas.
A trapezista desempregada que virou garçonete e vende pipocas bem salgadas.
Tudo se repete de novo todo dia no tempo e espaço
E o que prevalece sempre é a alegria contagiante do palhaço.

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