24 de fevereiro de 2011

HOMEM NEGRO


O homem negro descansa no seu sonho.
A dor não tem a mínima importância
Nesse sagrado instante.
Ganha e perde-se sempre.
O amanhã é outra batalha...
Dignidade é a armadura a vestir.
A lamina da intolerância corta,
O ferro em brasa do preconceito fere.
A criança descalça brinca,
Correndo atrás da bola.
Apenas um singelo sorriso,
Senhores da liberdade total...
A criança aprenderá
O que ela tem que aprender.
A pomba negra da solidariedade
Voará até as estrelas
E se confundirá com a imensidão do universo.
Ideais serão levados a mais alta instancia.
Sob o sol que aquece,
Sopram os ventos da mudança...
Há rostos sofridos, pessoas humildes,
Velhos companheiros.
A união de forças é a diferença
Para sobreviver nos vales sombrios
Do racismo insano.
Não se abaixará mais a cabeça.
O tempo é manipulável...
As botas da opressão não marcharão morro acima
Nem pisarão nos quintais sagrados.
Nesse sistema decrépito,
Há o ódio que produz que produz o ódio.
O homem negro sabe que é maior que seus algozes.
Com todas as feridas que não cicatrizaram,
Ele lutará, a lança está erguida.
Há fome de justiça e sede de liberdade.

Um senhor teve um sonho...
O homem negro lembrará com orgulho
De seus antepassados.
Andará por caminhos diversos,
Pois é dono do seu presente.
Uma força suprema está ao seu lado.
Não haverá mais silencio e omissão.
A verdade escondida exala como perfume
Numa manhã de primavera.
E o que era não será mais,
Pois ele verá e presenciará
Resultados sublimes por veredas estreitas

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