14 de abril de 2011

O MESTRE DA LÍNGUA PORTUGUÊSA

Considerado o maior escritor brasileiro de todos os tempos e não são poucos os estudiosos que apontam-o como o maior ficcionista da língua portuguesa. O caminho entre a pobreza da infância e o reconhecimento como o maior escritor do Brasil, no fim de sua vida, ele o fez por seu próprio esforço. Joaquim Maria Machado de Assis cronista, contista dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839, no morro do Livramento. De saúde frágil, epiléptico e gago, filho de um operário negro, José de Assis e de uma morena açoriana, Dona Maria Leopoldina Machado de Assis. Aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentará o autodidata Machado de Assis, mas não teve dinheiro para prosseguir. Passou a estudar sozinho, um padre e professor, Silveira Sarmento orientava sua aprendizagem. Seu primeiro emprego foi de tipógrafo aos 15 anos. Trabalhando nessa mesma profissão na Imprensa Nacional, conheceu o escritor Manuel Antônio de Almeida, que o apresentou a outros escritores. Machado de Assis foi o fundador da Academia Brasileira de Letras. Sendo também fundador da cadeira nº. 23, e escolheu o nome de José de Alencar, seu grande amigo, para ser seu patrono. Dizem os críticos que Machado era "urbano, aristocrata, cosmopolita, reservado e cínico, ignorou questões sociais como a independência do Brasil e a abolição da escravatura. Passou ao longe do nacionalismo, tendo ambientado suas histórias sempre no Rio, como se não houvesse outro lugar. Machado de Assis dizia: ” Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.” Sua obra constitui-se de 9 romances e 9 peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas. Suas primeiras produções foram editadas por Paula Brito, e, mais tarde, por Baptiste-Louis Garnier. Garnier havia chegado ao Rio de Janeiro em 1844 de Paris e estabeleceu-se aí como uma figura notória do mercado livreiro brasileiro. Em maio de 1869, Machado assinou um contrato com Garnier, para o editor francês publicar suas obras; cada volume saía com tiragem de mil exemplares. Sabe-se que o autor recebeu 200 réis por seu primeiro livro de contos, “Contos Fluminenses” de 1870, e por “Falenas” de 1870. A morte de sua esposa, Carolina Augusta Xavier de Novais, em 1904, é uma sentida perda, tendo o marido dedicado à falecida o soneto “Carolina”, que a celebrizou, Manuel Bandeira afirmaria anos mais tarde, que é uma das peças mais comoventes da literatura brasileira. No dia 29 de setembro de 1908 na casa de Cosme Velho, Machado de Assis morre aos sessenta e nove anos de idade e entra para história como o maior escritor brasileiro de língua portuguesa.

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