3 de abril de 2011

O PORQUE DO MASSACRE DA NOITE DE SÃO BARTOLOMEU?


Foi um episódio sangrento na repressão dos protestantes na França pelos reis franceses, católicos. As matanças, organizadas pela casa real francesa, começaram em 24 de Agosto de 1572 e duraram vários meses, inicialmente em Paris e depois em outras cidades francesas, vitimando entre 70.000 e 100.000 protestantes franceses, chamados huguenotes. Este massacre veio dois anos depois do tratado de paz de Saint-Germain, pelo qual Catarina de Médici tinha oferecido tréguas aos protestantes. Em 1572, quatro incidentes inter-relacionados têm lugar após o casamento real de Marguerite de Valois, a irmã do rei da França com Henrique de Navarra, uma aliança que supostamente deveria acalmar as hostilidades entre protestantes e católicos e fortalecer as aspirações de Henrique ao trono. Em 22 de Agosto, um agente de Catarina de Médici, a mãe do rei da França de então, Carlos IX de França, o qual tinha apenas 22 anos e não detinha verdadeiramente o controle, um católico chamado Maurevert, tentou assassinar o almirante Gaspard de Coligny, líder huguenote de Paris, o que enfureceu os protestantes, apesar de ele ter ficado apenas ferido. Nas primeiras horas da madrugada de 24 de Agosto, o dia de São Bartolomeu, dezenas de líderes huguenotes foram assassinados em Paris, numa série coordenada de ataques planejados pela família real. Este fora o sinal inicial para um massacre mais vasto. Começando em 24 de Agosto e durando até Outubro, houve uma onda organizada de assassínios de huguenotes em cidades como Toulouse, Bordéus, Lyon, Bourges, Rouen, e Orléans. Relatos da altura dão conta de cadáveres nos rios durante meses, de modo que ninguém comia peixe. Não foi o primeiro nem o último ataque massivo aos protestantes franceses. Outros pogromas se seguiriam. Os eventos em ficção A história foi relatada por Alexandre Dumas em sua obra La Reine Margot, um romance de 1845, historicamente acurado, apesar de Dumas ter inserido romantismo e aventuras em seu texto. O romance de Dumas foi adaptado ao cinema em 1994, em La Reine Margot "A Rainha Margot", de Patrice Chéreau, que obteve grande sucesso de público.O massacre já tinha sido representado no cinema por D.W. Griffith no filme "Intolerância" de 1916.

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