18 de julho de 2011

O MASSACRE DE SABRA E SHATILA

O massacre de Sabra e Shatila que ano que vem completará 30 anos, aconteceu na noite de 16 para 17 de Setembro de 1982, milícias cristãs falangistas entraram em dois campos de refugiados palestinos de Sabra e Shatila que estavam sob o controlo das tropas israelitas ocupantes do Líbano e massacraram milhares de pessoas, na sua maior parte à faca. Nesta altura o exercito sionista havia invadido o Líbano e o ministro da Defesa era Ariel Sharon.O massacre ocorreu em uma área diretamente controlada pelo exército israelense. A Corte Suprema de Israel considerou o Ministro da Defesa do país, Ariel Sharon, pessoalmente responsável pelo massacre, por ter falhado na proteção aos refugiados. O número de vítimas não é bem conhecido e, conforme a fonte, a estimativa pode variar de algumas centenas a 3.500 pessoas. Sharon, quando candidato a primeiro-ministro de Israel, lamentou as mortes e negou qualquer responsabilidade. A repercussão do massacre, entretanto, fez com que fosse demitido do cargo de Ministro da Defesa, na época. Condenação das Nações Unidas. Em 16 de dezembro de 1982, a Assembleia-Geral das Nações Unidas condenou o massacre declarando-o um ato de genocídio. A seção D da resolução, que definiu o massacre como um "ato de genocídio", foi adotada por 123 votos a favor, 0 contra e 22 abstenções. O Massacre foi um dos eventos que desencadearam a concessão definitiva dos territórios palestinos, até então ocupados por Israel. Apesar da amnésia das grandes nações e a impunidade aos autores, o massacre de Sabra e Shatila mostra mesmo depois de tantos anos que os palestinos são sobreviventes de pequenos holocaustos diários e eles continuarão sobrevivendo, lutando pelo direito universal de todos os povos, o direito de ter uma pátria.

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