7 de julho de 2011

"OLHO DA MANHÃ"





Mata Hari foi uma mulher que ficou conhecida como uma figura sedutora, apaixonante e envolvida com as intrigas da Primeira Guerra Mundial entre 1914 e 1918. Em diferentes ocasiões sua vida foi alvo da curiosidade de biógrafos, romancistas e cineastas. Ao longo do tempo, Mata Hari transformou-se em uma espécie de símbolo da ousadia feminina. No entanto, a sagacidade dessa personagem endeusada esconde uma vida de abandono e nem tantas aventuras. Seu verdadeiro nome era Margaretha Geertruida Zelle. Com o nome artístico de Mata-Hari , “Olho da Manhã”, iniciou uma carreira de bailarina em Paris e ficou conhecida como intérprete virtuosa de danças orientais. Suas atuações em clubes noturnos atraíram numerosos admiradores à capital francesa. Nos anos seguintes, fez várias excursões pela Europa e, quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial, passando por sérias dificuldades financeiras, tornou-se espiã sob as ordens do cônsul alemão na França, travando conhecimento com numerosas personalidades influentes. Naquele recinto, entrou em contato com o oficial alemão Hauptmann Kalle com quem teve um relacionamento rigorosamente premeditado. Pouco habilidosa como espiã, não obteve nenhuma informação relevante em relação aos planos do exército alemão. Para piorar a situação da espiã, os franceses decodificaram algumas informações onde o nome de Mata Hari aparecia representado pelo símbolo “H21”. Àquela altura, a França desesperada com sua eminente derrota militar, resolveu prender Mata Hari. Acusada de trair os interesses militares franceses e trabalhar como agente duplo, Mata Hari teve sua prisão decretada na cidade de Saint-Lazare. Em seu julgamento, não ficou provado que nenhuma informação relevante ou secreta tivesse sido repassada para os exércitos inimigos da França. No entanto, a condenação Mata Hari, entregue a suas paixões serviu para redimir a imagem de uma França amedrontada com a derrota militar. No mês de outubro de 1917, a exótica dançarina holandesa foi condenada ao fuzilamento.

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