18 de julho de 2011

ORGANIZAÇÃO PARA LIBERTAÇÃO DA PALESTINA



Em maio de 1964, durante o 1° Congresso Nacional Palestino, realizado em Jerusalém, surgiu a Organização Para a Libertação da Palestina, OLP. O objetivo era centralizar a liderança de vários grupos clandestinos.Fundada durante um encontro de 422 figuras nacionais palestinas em Jerusalém, em maio de 1964, depois de uma decisão anterior da Liga Árabe, sua meta era a liberação da Palestina através da luta armada. O estatuto original da OLP, promulgado em 28 de maio do mesmo ano, declarou que a "Palestina", com as fronteiras que existiam no tempo do Mandato Britânico, é uma unidade regional integral" e procurava "proibir a existência e a atividade" do sionismo. Também advoga o direito de retorno e a autodeterminação dos palestinos. O Estado palestino não é mencionado, embora em 1974 a organização tenha passado a reclamar um Estado independente no território do Mandato Britânico. O grupo utilizou-se de três táticas de guerrilha para atacar Israel a partir de suas bases na Jordânia, Líbano e Síria, assim como de dentro da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. A OLP foi considerada tanto pelos Estados Unidos quanto por diversos outros países ocidentais como uma organização terrorista, até a Conferência de Madri, em 1991, e por Israel até 1993, pouco antes dos acordos de Oslo. Em 1988 a OLP passou a apoiar oficialmente uma solução entre os dois Estados, com israelenses e palestinos vivendo lado a lado, de acordo com certas exigências específicas tais como fazer de Jerusalém Oriental a capital do Estado palestino, e conceder aos palestinos o direito ao retorno às terras ocupadas por palestinos antes das guerras de 1948 e 1967 com Israel. Em 1993 o então presidente da OLP, Yasser Arafat, reconheceu o Estado de Israel numa carta oficial ao primeiro-ministro daquele país, Yitzhak Rabin. Em resposta à iniciativa de Arafat, Israel reconheceu a OLP como a representante legítima do povo palestino. Arafat foi presidente do Comitê Executivo da OLP de 1969 até a sua morte, em 2004. Foi sucedido no cargo por Mahmoud Abbas. Em 25 de Janeiro de 2006, o partido Hamas venceu as eleições para o parlamento Palestino, derrotando o Fatah, faccção da OLP. Após a contagem final, em 28 de janeiro de 2006, o Hamas conquistou 76 das 132 cadeiras do parlamento, não precisando, portanto, formar coligações. Já o Fatah, partido que liderava anteriormente, obteve apenas 43 cadeiras. Muitos viam o governo anterior do Fatah como corrupto e ineficiente, e enxergavam no Hamas um movimento efetivo de resistência e defesa dos palestinos contra a ocupação israelense. O Hamas também ganhou várias eleições democráticas locais, tanto em Gaza quanto na Cisjordânia, Qalqilyah, e Nablus. As eleições foram observadas por entidades internacionais.

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