14 de novembro de 2011

NINA SIMONE, A SACERDOTISA DO BLUES

Eunice Kathleen Waymon mais conhecida pelo seu nome artístico, Nina Simone, foi uma grande pianista, cantora e compositora americana. O nome artístico foi adotado aos 20 anos, para que pudesse cantar Blues nos cabarés de Nova Iorque, Filadélfia e Atlantic City, escondida de seus pais, que eram pastores metodistas. "Nina" veio de pequena, "little one" e "Simone" foi uma homenagem à grande atriz do cinema francês Simone Signoret, sua preferida. Nina Simone também se destacou e foi perseguida por ser negra e por abraçar publicamente todo tipo de combate ao racismo. Seu envolvimento era tal, que chegou a cantar no enterro do pacifista Martin Luther King. Casada com um policial nova-iorquino, Nina também sofreu com a violência do marido, que a espancava. Em um breve contato com sua obra, aqueles que não conhecem percebem logo a diversidade de estilos pelos quais Nina Simone se aventurou, desde o gospel, passando pelo soul, blues, folk e jazz. Foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Juilliard School of Music, em Nova Iorque. Sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino ativista da causa negra, e fala sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham em 1963. Nina esteve duas vezes no Brasil e seu último show ocorreu em 1997 no Metropolitan. Era uma intérprete visceral, compositora inspirada e tocava piano com energia e perfeição. Morreu enquanto dormia em Carry-le-Rouet em 2003. Ela foi uma das artistas mais extraordinários do século XX, um ícone da música americana. Estava destinada a ser uma contadora de histórias musicais, usou seu extraordinário talento para criar um legado de libertação, emancipação, paixão e amor através de um corpo magnífico de obras. Ela ganhou o apelido de "Alta Sacerdotisa do Soul ', pois ela poderia tecer um feitiço tão sedutora e hipnótica que o ouvinte perde a noção do tempo e do espaço em que foi absorvido no momento. Ela era que o mundo viria a conhecer como Nina Simone.


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