Poderosa frota com a qual Filipe II, em 1588, tentou invadir a Inglaterra pelo Canal da Mancha. Apesar da significativa superioridade numérica espanhola, a Armada foi derrotada pelos navios ingleses. Esta vitória abriu caminho ao poderio naval e colonial da Inglaterra. Filipe II, rei de Espanha, Portugal e dos Países Baixos, filho de Carlos V e Isabel de Portugal, desde sempre se afirmou como fervoroso católico, defendendo a sua fé mais pela força das armas do que por qualquer via mais pacífica. Aliando-se constantemente às mais diversas fações de cariz católico, intrometeu-se por diversas vezes na política interna de outros países em nome da luta contra o protestantismo ou da fidelidade a Roma, tendo como objetivo a pretensão a tronos europeus. Esta aspiração imperialista lançou a monarquia espanhola numa rota de colisão com uma potência emergente na Europa, governada por uma rainha dura e arreigadamente protestante, à procura do domínio geopolítico do mundo: a Inglaterra de Isabel I. sonho do rei Filipe II era impedido pela marinha inglesa, investidas marítimas espanholas eram perseguidas e bloqueadas pelos corsários ingleses. A coroa inglesa apoiava os saques realizados pelos corsários, pois recebia sua parte. A Invencível Armada era composta por trinta navios, com cerca de 30 000 homens, além dos navios espanhóis, também seguiam navios portugueses, pois na época, em virtude da União Ibérica, o rei Filipe II também reinava sobre Portugal. Dos 30.000 homens, 4.000 eram portugueses.Num verdadeiro golpe de gênio, na noite de 27 de julho de 1588, Sir Francis Drake lança, contra as maiores naus espanholas alinhadas no porto de Calais, oito "bulotes". Estas pequenas embarcações estão carregadas de explosivos, de substâncias inflamáveis que impelidas pelo vento, vão chocar-se contra os navios inimigos. Com o choque, sobrevém uma tragédia. Apanhados de surpresa, apavorados pelo fragor das explosões, que se sucedem incessantemente, os espanhóis cortam as amarras e zarpam em grande desordem. Da grande Armada, da "Vencível Armada", como a chamou, depois, ironicamente, Sir Francis Drake, somente 53 barcos, meios rebentados, devolveram à Pátria suas churmas. Para a Espanha, esta derrota significou o fim de um mito, de um domínio, para a Inglaterra, o início de um poderio marítimo destinado a refletir nos séculos futuros.
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