Filho de um pobre camponês do norte da Italia, João XXIII nasceu em 1881 com o nome de Angelo Giuseppe Roncalli, na aldeia de Sotto il Monte, província de Bergamo na Italia. Iniciou seus estudos para o sacerdócio quando ainda era criança e foi ordenado em 1904. Depois de servir como capelão em um hospital durante a Primeira Guerra Mundial, começou sua carreira diplomática em 1925, quando foi elevado a arcebispo e nomeado núncio apostólico na Bulgária. Após 10 anos nesse país dos balcãs, continuou representando o Vaticano na turquia, Grécia e França. Quando o terror e a destruição nazista se espalhavam pela Europa, após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o arcebispo Roncalli ajudou refugiados, especialmente judeus, a escapar dos territórios ocupados pelos nazistas. Eleito Papa em 1958, Angelo Roncalli escolheu o nome de João XXIII para realizar o mais inovador apostolado do século XX. Seu pontificado caracterizou-se por duas importantes encíclicas, "Mater et magistra", "Mãe e mestra" de 1961 e "Pacem in Terris", "Paz na Terra" de 1963, mediante os quais renovou a posição da Igreja Católica perante os problemas do mundo, enfatizando sua função social e orientando-a em favor dos desprotegidos, mesmo aqueles que não compartilhavam de sua fé. Espirito ecumênico e pacificador, João XXIII convocou o Concílio Vaticano II, num esforço incomum para modernizar as antiquadas e retrográdas estruturas da Igreja Católica e para promover a harmonia internacional e entre as religiões. João XXIII dizia: "Na verdade, a paz verdadeira não será dada aos cidadãos, povos ou nações, a menos que ela seja concedida primeiro às almas: por isso não pode haver paz exterior se ela não for reflexo da paz interior".
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