20 de maio de 2011

A PRIMEIRA LEIGA A TRABALHAR NO VATICANO, UMA JUDIA CONVERTIDA

Hermine Speier foi uma arqueóloga judia alemã demitida pelo Instituto fotográfico de Frankfurt, na Alemanha nazista, assumida pelo Papa Pio XI em 1934 para trabalhar no arquivo fotográfico do Museu do Vaticano. A personalidade desta mulher, convertida ao catolicismo, ocupou ontem uma página inteira do “L’Osservatore Romano”, que a define como exemplo de “encontro entre humanismo alemão, judaísmo e cristianismo” sobre o qual refletir e meditar. Primeira mulher leiga assumida pelo Vaticano com contrato, Speier “organizou de modo exemplar o caos de milhares de fotos de peças de museu acumuladas durante anos”, recorda o jornal da Santa Sé. Em 1943, quando os nazistas perseguiram os judeus de Roma, Speier se escondeu em uma casa de religiosas nas catacumbas de Santa Priscila. Terminada a guerra, converteu-se ao catolicismo. “Sua história pode ser lida de várias maneiras e de pontos de vista diferentes: como uma página da imigração intelectual judia da Alemanha; como um passo saliente na afirmação da presença feminina no Vaticano; e como um momento importante na obra de ajuda e apoio a minorias perseguidas por parte da Santa Sé nas décadas de 30 e 40″, comenta o “L’Osservatore”.

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