4 de maio de 2011

A MAIS VERMELHA DAS ROSAS

Rosa Luxemburgo, apaixonada revolucionária viveu numa época em que a violência era vista como único caminho para por fim a opressão. A opressão era sua conhecida, por ser mulher, judia, polonesa, vivendo na antiga Russia, lutando sempre para mostrar seu valor. Aos 19 anos fugiu da polônia e foi estudar na Suiça, onde doutorou-se em Economia Política e conheceu importantes socialistas russos. Entrou para o movimento revolucionário ainda estudante. Em 1893, colaborou na fundação do Partido Social Democrata Polaco. Entrou para o Partido Social Democrata Alemão em 1898. Em 1907, em Londres, na conferência do Partido Social Democrata Russo, apoiou os bolcheviques contra os mencheviques em todos os problemas mais importantes da Revolução russa. Ficou traumatizada quando os bolcheviques que apoiou se voltaram para o terror. No mesmo ano, no Congresso de Stuttgart da II Internacional, juntamente com Lenin, apresentou a proposta revolucionária contra a guerra e que foi adotada, na sua essência pelo mesmo. O Folheto Junius", publicado em 1915, no qual ela faz a seguinte afirmação sobre a guerra: "A demência não terá fim, o sangrento pesadelo do inferno não vai parar até que os operários da Alemanha, da França, da Rússia e da Inglaterra despertem de sua embriaguez, se apertem fraternalmente as mãos e afoguem o coro brutal dos agitadores belicistas e o grito das hienas capitalistas no poderoso grito do trabalho: "Proletários de todo o mundo, uni-vos!"
Após a Revolução de Novembro de 1918 na Alemanha, juntou-se a Karl Liebknecht e fundaram o Partido Comunista Alemão. Rosa Luxemburgo era a voz da consciência comunista, para ela, a revolução era o caminho para a justiça social e uma iniciativa espontânea dos pobres, idéias que a colocou em conflito com Lenin. No período em que esteve presa, Rosa Luxemburgo escreve entre outros textos o importante documento sobre a Revolução Russa de 1917. Além de esclarecer de uma vez por todas as convergências e divergências com as posições de Lênin, "A Revolução Russa", redigido no verão de 1918, se constitui numa das principais obras sobre o socialismo no mundo. Enaltece a iniciativa revolucionária dos bolcheviques e destaca a importância da Revolução Russa no cenário internacional, mantendo, porém, sua concepção crítica sobre a violência revolucionária e a defesa da democracia proletária. Mesmo presa, Rosa Luxemburgo não deixou da fazer política, seu núcleo de esquerda, do qual participavam entre outros Karl Liebknecht. Em 15 de janeiro de 1919 Rosa Luxemburgo foi brutalmente retirada, juntamente com o companheiro Karl Liebknecht, do "aparelho" em que se mantinha clandestina e assassinada covardemente por paramilitares, sabidamente a serviço do governo social-democrata alemão. Um tiro levou sua vida, sumiram com seu corpo, mas nunca conseguiram ofuscar a grandeza de suas idéias.

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