5 de maio de 2011

A PEQUENA DE VOZ GRANDIOSA

Balduína de Oliveira Sayão, mais conhecida como Bidu Sayão dedicou-se ao canto lírico desde cedo e estreou aos 18 anos, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na ópera "Lucia de Lammermoor", de Gaetano Donizetti. Apesar da acolhida positiva de público e crítica, resolveu postergar o início da carreira para aperfeiçoar seus estudos. Estudou canto em Bucareste na Romênia, com a soprano Elena Theodorini, e em Nice na França, com o grande tenor polonês Jean de Reszke. Bidu fez sua estréia oficial em 1926, em Roma, interpretando Rosina, da ópera "O Barbeiro de Sevilha", de Gioacchino Rossini. O sucesso a levou a cantar nas principais casas de ópera da Europa, aí incluído o teatro La Scala de Milão, onde em 1930 tornou a desempenhar o papel de Rosina. Em 1935, estreou nos EUA, cantando no Carnegie Hall de Nova Iorque, ali, sob a regência de Arturo Toscanini, atuou na ópera "La Demoiselle Élue", de Claude Debussy. Em 1937, cantou pela primeira vez no Metropolitan Opera House, também em Nova York, interpretando a personagem que dá nome à ópera "Manon", de Jules Massenet. Bidu radicou-se nos Estados Unidos e fez brilhante carreira no Metropolitan, onde atuou durante 16 temporadas operísticas, cantando em 155 apresentações. Apresentou-se também em turnês por outras grandes cidades dos EUA, como Chicago e San Francisco. Em 1945, gravou em Nova York a versão mais conhecida da "Bachiana Brasileira no 5", de Heitor Villa-Lobos. Em 1995, Bidu Sayão foi homenageada pelo Escola de Samba Beija Flor. Tendo reconhecimento tardio por parte de alguns brasileiros. Bidu Sayão morreu aos 96 anos, lutando contra a pneumonia numa clínica em Rockport, no estado norte-americano do Maine, onde morava.

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