DDT, INSETICIDA DE PANDORA?

O DDT (diclorodifenil-tricloretano) foi sintetizado pela primeira vez em 1874, depois depois, um fabrica de produtos químicos da Suiça descobriu que servia como inseticida. O desenvolvimento desse inseticida deve-se a Segunda Guerra Mundial, teve largo uso matando moscas e mosquitos das ilhas do Pacífico, converteu a infectada ilha de Guadalcanal numa zona segura para repouso. Logo ápós o terminio da guerra, diminuindo as encomendas militares, o DDT invadiu o mercado dos Estados Unidos. Substância incolor, pode prepara-la sob forma liquida ou como pó. O pesticida é sintetizado pela reação entre o cloral e o clorobenzeno, usando-se o ácido sulfúrico como catalisador. O estado químico do DDT é sólido em condições de temperatura entre 0° a 40 °C. É insolúvel em água, mas solúvel em compostos orgânicos como a gordura e o óleo e tem um odor suave. Ele apresenta grande eficiência no combate a mosquitos. Com ajuda do DDT, a malária foi banida da Flórida, da Itália e da Espanha, entre outros. No Brasil, houve erradicação da malária nos Estados como Ceará, Minas Gerais e Piauí. Em 1950, o então presidente Eurico Gaspar Dutra chegou a anunciar a erradicação da dengue no Brasil, graças ao DDT. Trata-se de inseticida barato e altamente eficiente a curto prazo, mas a longo prazo tem efeitos prejudiciais à saúde humana, como demonstrou a bióloga norte americana Rachel Carson, em seu livro "Primavera Silenciosa" lançado em 1962. De acordo com a Dra. Carson, o DDT pode ocasionar câncer em seres humanos e interfere com a vida animal, causando o aumento de mortalidade entre as aves. Por este e outros estudos, o DDT foi banido em vários países na década de 1970 e tem seu uso controlado pela Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes. No Brasil, só em 2009 o DDT teve sua fabricação, importação, exportação, manutenção em estoque, comercialização e uso proibidos pela Lei nº. 11.936 de 14 de maio de 2009. O inseticida pode ser eficiente no combate a dengue, porém também pode matar os passáros e predadores que comem o inseto transmissor da doença. Milhões de de seres humanos morreram no mundo por causa da malaria com a proibição do uso do DDT. Ele ataca o sistema nervoso dos insetos e mata-os dentro de uma hora. Os efeitos do DDT no organismo humano ocorrem depois de atuarem sobre o equilíbrio de sódio e potássio nas membranas dos axônios, provocando impulsos nervosos constantes, que levam à contração muscular, convulsões, paralisia e morte. A intoxicação aguda nos seres humanos caracteriza-se por cloracnes, na pele, e por sintomas inespecíficos, como dor de cabeça, tonturas, convulsões, insuficiência respiratória e até morte, dependendo da dose e do tempo de exposição.