5 de março de 2011

RELACIONAMENTOS PESSOAIS, TRILHAS DE FOGO...

Exercitando a palavra escrita, a caneta deslizando na folha branca, rascunho de idéias e sentimentos num túnel do tempo. Ao dizer para mim que não desisto e que nunca vai existe um sentimento de vazio, escrevo mesmo que houvesse escuridão à minha volta e não enxergasse um palmo a minha frente, escrevo para dizer o tanto que foi e está sendo um prazer viver, mesmo que essa equação seja algo distante para algumas mentes. As relações são assim, meio água, meio fogo, interligadas pela prática recíproca e companheira. É preferível ser uma metamorfose ambulante do que ter uma velha e ultrapassada opinião formada sobre tudo... Ser como uma seqüência áurea e progressiva de números em cada grão de polén ou como poeta cego andando sobre cacos de vidros sem cortar seus pés, em seu mundo além da imaginação, vagando pela sua eternidade à procura da sua sombra preferida.
Este é um texto efêmero que talvez transponha a normalidade dos atos conhecidos, ao escrever sobre certos assuntos, isso pode soar como algo falso e insolúvel... Não precisamos ser amados para amar, porquê o amor sincero transcende as diferenças, as dúvidas e os preceitos criados. O tempo não poderá mofa-lo, pois ele não se resume ao sexo ou a futilidade das coisas materiais. O amor verdadeiro tem a capacidade de lapidar a amizade, o respeito e as relações sinceras.
Fico a olhar as estrelas e divagar sobre as coisas do mundo e o mundo das coisas que só com o coração se pode ver. Não temos mais o tempo que passou, mas temos muito tempo, temos todo tempo do mundo para amarmos intensamente nossos entes próximos e a nós mesmos. Velar por nossos inimigos e acreditar sempre que o bem é uma verdade muito maior e sempre vencerá. Arquitetamos a nossa felicidade, pois ela é a nossa bateria para estarmos sempre vivos. Apesar de tantos desalentos e reveses, ela a vida mostra-nos que a nossa passagem aqui na Terra tem um significado e um propósito. Que chova pétalas de flores de Ipê-roxo e amarelo na manhã de primavera da nossa esperança.
Todo fim não é um fim em si só, nem este texto termina aqui, porque nada se encerra como se não tivesse existido, tudo se transforma, por isso mais do que palavras faladas, pura retórica que não preenche nada, que possamos criar sempre uma nova proposta para que não se apague a chama interior. Toda relação de amizade, amor e carinho são como uma trilha de fogo no céu anoite, porque nos mostra que por mais que a noite seja escura, qualquer brilho de luz na escuridão faz ela se tornar mais romântica e mais humana. Não iremos esquecer essa nossa essência, não existem verdades absolutas, nem absolutas mentiras que torne distorcida em vez de nitida qualquer relação. Estamos sempre completando e reciclando-nos, se faz necessário tornarmos gigantes, prontos para enxergamos além da linha do horizonte...

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