5 de março de 2011

PERPENDICULAR

Na relação perpendicular das coisas incomuns,
O velho se torna novo
E o novo torna-se recente
Como conteúdo de um recipiente de forma e fórmula rara.
Com momentos raros de lucidez,
De quem com palavras armadas faz sua prática diária.
Juntamente com a estrondosa retórica que atravessa o tempo...
Poucos entre poucos são traídos pelo desejo
E não vão caminhar até o final dos seus sonhos.
Os últimos instantes de um teorema...
Por achar que se pode tanto,
Que se tem e é tanto.
A vontade é inversamente proporcional à luz refletida no espelho,
Guardado no sótão de um castelo de ruídos e formas estranhas...
Como as imagens que povoam a eterna mente,
Que faz cada um enfrentar seus espectros
E suas deficiências sentimentais.
Estar sozinho não é derrota...
Apenas uma sublime missão,
A lendária saga de alguns privilegiados.
Nem todas tépidas equações serão resolvidas.
Amanhã não será um novo dia,
Será apenas mais um capítulo de história pessoal
De cada mortal...
Que pensou ver o que não existe,
Jardins floridos no deserto escaldante.
O silêncio de uma paz transparente...
Loucos que atravessaram a planície
E pararam diante de um precipício,
Talvez, duas metades não formem um inteiro...
Mas sempre tem aqueles que ficam parados na chuva,
Esperando por alguém que nunca virá.

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