8 de junho de 2011

AIDS, 30 ANOS DEPOIS





O vírus da AIDS disseminou-se silenciosamente pelo mundo, mesmo antes que a comunidade cientifica conhecesse a sua existência. Em 1981, quando a doença foi reconhecida pela primeira vez, o estrago já estava feito, a epidemia mundial tinha começado. HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. A pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas ainda não ter a doença. Ao desenvolver a AIDS, o HIV começa um processo de destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico dos seres humanos, sem eles, o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer e complicar a saúde da pessoa. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. A AIDS ao contrario da maioria das doenças infecciosas tais como o sarampo, a varíola, a febre amarela, em que a doença se desenvolve dias ou semanas depois da infecção, os sintomas da doença podem aparecer muitos anos depois do contagio. A AIDS, 30 anos após sua descoberta traz a epidemia do preconceito, da discriminação e exclusão, ela, a doença mudou os costumes e as relações entre pessoas. A AIDS provocou um impacto monstruoso, com a força de uma bomba atômica, nunca visto antes na história da humanidade, depois dela o mundo não foi mais o mesmo. Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a doença. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas. No dia 1º de dezembro é comemorado o Dia Mundia de Luta contra a AIDS. Infelizmente a comunidade cientifica e médica ainda não encontrou a cura para a Aids. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT, zidovudina que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da AIDS ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da doença são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes. Segundo estatisticas, 33 milhões de pessoas no mundo estão contaminadas com vírus HIV, 22 milhões e 500 mil só na África subsaariana, 33 milhões morreram provocados pela doença nos últimos 30 anos. 22 bilhões de dolares é o que já foi gasto de fundo global de combate à AIDS e 60% dos contaminados no mundo, desconhecem que são portadores do vírus HIV. Com todos estes obstáculos os pacientes têm vivido mais e com qualidade de vida e é questão de tempo, essa doença estará sob controle, esperaremos sentados...

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