19 de junho de 2011

THE DOORS... OF PERCEPTIONS

O The Doors retirou o seu nome do título de um livro de Aldous Huxley, "The Doors of Perception", que por sua vez retirou do verso de um poema do artista e poeta do século XIX, William Blake: "If the doors of perception were cleansed, every thing would appear to man as it is: infinite", "Se as portas da percepção fossem abertas, tudo apareceria como realmente é: infinito". Canções como "Break on throug", “To the other side", "Light my fire", "People are strange" ou "Riders on the storm", aliadas à personalidade e escândalos protagonizados por Jim Morrison, contribuíram de sobremaneira para o aumento da fama do grupo The Doors banda de rock norte-americana formada em 1965. O grupo era composto por Jim Morrison, vocal, Ray Manzarek, teclados, Robby Krieger guitarra e John Densmore, bateria. A banda ainda recebeu influências de diferentes estilos musicais, como o blues, jazz e a bossa nova. O estilo musical dos The Doors baseia-se essencialmente numa mistura entre blues e o psicodélico. Ray Manzarek fornece elementos de música clássica e blues, Robby Krieger insere ritmos de flamenco, enquanto que Densmore usa os seus conhecimentos de jazz na bateria. As letras negras do grupo, compostas na sua maioria por Jim Morrison, afastam-se em boa medida das convencionadas pela pop da época. Nos primeiros discos "The Doors" e "Strange days", os elementos visionários próprios da música psicadélica surgem expressos em imagens inspiradas na tradição romântica e simbolista, atualizando-a com referências ao existencialismo e à psicanálise. Destaca-se também a influência dos simbolistas franceses, como Arthur Rimbaud ou Charles Baudelaire, na poesia de Morrison. Nos últimos discos, em especial "L.A. Woman", as letras de Morrison tornaram-se mais simples e imediatas, evoluindo assim com o som da banda em direção ao blues. Após a dissolução da banda no início da década 70 e especialmente desde a morte de Morrison em 1971, o interesse nas músicas dos Doors tem-se mantido elevado, ultrapassando mesmo por vezes o que o grupo teve enquanto esteve ativo. O trabalho dos The Doors serviu de inspiração para muitos artistas, entre eles Iggy Pop, Trent Reznor, Julian Casablancas, Eddie Vedder, Bruce Springsteen, Scott Weiland, Patti Smith, Glenn Danzig e Billy Idol. Jim Morrison, com a sua atitude e presença em palco, influenciou vocalistas de vários estilos que surgiram depois, permanecendo um dos mais populares e influentes vocalistas e compositores da história do rock, enquanto que as músicas dos Doors tornou-se presença habitual nos programas de rock clássico das rádios. As calças de ganga que usava quer em palco quer fora dele tornaram-se estereotipadas como parte do perfil de um roqueiro, serviu de inspiração para outros vocalistas rock da época, como Roger Daltrey do The Who e Robert Plant do Led Zeppelin. Em 1971, após a gravação de "L.A. Woman", Morrison decidiu parar algum tempo para descansar e partiu para Paris com a namorada, Pamela Courson, em março. Ele havia visitado a cidade no verão anterior e sentia-se confiante em escrever e explorar aquele local. Morrison morreu em circunstâncias misteriosas no dia 3 de Julho de 1971. O seu corpo foi encontrado na banheira do seu apartamento. Foi concluído que morreu de ataque cardíaco, embora tenha sido revelado mais tarde que não foi realizada qualquer autópsia antes do corpo de Morrison ter sido enterrado no Cemitério de Père Lachaise no dia 7 de Julho. Um jovem poeta que queria fazer cinema, mas se torna o cantor de uma banda de sucesso e vira uma lenda quando morre do coração aos 27 anos. Jim Morrison e o The Doors fizeram a diferença numa época de muita drogas, rock'roll e radicalismo ideologico e político que em seis anos de carreira vertiginosa se tornou um dos maiores ícones da história do rock.

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