11 de junho de 2011

CARAMURU, "FILHO DO TROVÃO"

Conta a história que o navio de Diogo Álvares Correia, colonizador português teria naufragado nas costas da Bahia, seus companheiros teriam sido apanhados pelos índios e devorados. Diogo àlvares Correia salvou-se do naufrágio e escondeu entre os penhascos. Ao ser descoberto pelos índios, teria tido fatalmente o mesmo fim que seus companheiros, não fora um genial expediente que o salvou, abateu uma ave com um mosquetão, o estrondo do tiro ecoou pela selva. Os índios assustados, cercaram-no com temor e respeito, gritando: Caramuru! Caramuru! Diogo Álvares Correia passou a viver como cacique entre os índios Tupinambás. Diversas são os significados dados para a palavra Caramuru: "dragão do mar", "peixe atirado sobre pedras", "homem de fogo" ou "filho do trovão". Caramuru casou-se com a índia de nome Paraguaçu. Ao longo de quarenta anos, Diogo Álvares Correia manteve contatos com navios europeus que aportavam à Bahia. As relações comerciais com normandos levaram-no, entre 1526 e 1528, a visitar a França, onde a sua mulher foi batizada em Saint Malo, passando a chamar-se Catarina Álvares Paraguaçú, "Catherine du Brésil", em homenagem a Catherine des Granches, esposa de Jacques Cartier, que foi sua madrinha. Na mesma ocasião foi batizada outra índia tupinambá, Perrine, o que fundamenta a lenda de que várias índias, por ciúmes, se jogaram ao mar para acompanhar Caramuru quando este partia para a França com Paraguaçu. Quando Martim Afonso desembarcou na Bahia, foi Caramuru um dos seus valiosos auxiliares, tendo recebido o grande comandante português. Ele viveu 47 anos entre os indios tupinambás.

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